Esta atividade foi realizada em grupo, onde eu, Claudete e Janete fizemos o projeto conforme pedido pela tarefa.
Ministério da Educação e Cultura
Programa Educacional de Tecnologia Educacional
Proinfo Integrado
Curso de Introdução à Educação Digital
Projeto de Pesquisa e Aprendizagem
Água sua
escassez e a biodiversidade
Autores: Claudete
de Jesus Alves Pereira Mitzco;
Janete alves de assunção;
Mariane Roblowski.
Porto
União,outubro de 2011.
1-TÍTULO
Água
sua escassez e a Biodiversidade
2-PROBLEMA
A
água é um recurso indispensável para a sobrevivência humana, porem como está
sendo feito o seu uso, e como podemos preservar esse bem indispensável a nossa
sobrevivência?
3-LOCAL
Escola
de Educação Básica Prof. Germano Wagenfuhr.
4-ÉPOCA
Será
aplicado no dia 12 de novembro de 2012.
5-POPULAÇÃO
Será
aplicado com a turma da oitava série do ensino fundamental do período matutino, num total de 30 alunos pelas
professoras, Claudete de Jesus Alves
Pereira Mitzco, Janete Alves de Assunção e Mariane Roblowski.
6-0BJETIVO GERAL
Mostrar
aos alunos a situação da água doce no mundo, sua distribuição, uso e a possibilidade de escassez, e a biodiversidade
6.1-Objetivos Específicos
·
Compreender os mecanismos naturais que regem
a distribuição da água na superfície terrestre;
·
Analisar a distribuição da água doce no mundo
e seus principais usos pela humanidade;
·
Informar os educandos através de reportagens
textos atualizadas a situação da água no planeta;
·
Levantar e discutir os principais pontos da
crise mundial da água doce e sua provável escassez;
·
Desenvolver trabalhos com gráficos,mapas e
charges.
7-JUSTIFICATIVA
A
água é uma das questões mais polêmicas do ínicio desse século, portanto seu uso
deve ser discutido e analisando com cautela, já que a água é um recurso natural
essencial á manutenção da vida de qualquer espécie viva do planeta. Visa-se a
importância de seu estudo, ou melhor, do estudo das formas que esta sendo feito
o seu uso em busca de uma conscientização destas crianças que participarão do
projeto, cidadãos que levarão esse conhecimento a sociedade, buscando a
conscientização das pessoas a seu redor, pois é das atitudes dos cidadãos de
hoje que depende o futuro desse recurso,e,conseqüentemente da humanidade.
8-METODOLOGIA
De
início faremos uma introdução do tema para os educandos, falando da importância
da água, sua constituição e como funciona o ciclo hidrológico. Mostraremos a
elas um esquema do ciclo hidrológico com suas principais etapas, (anexo 1) e
ainda exibiremos um vídeo de aproximadamente 30 minutos referente ao tema.
Em
seguida utilizaremos alguns textos sobre a questão da água doce no mundo, sua distribuição,
uso e escassez (anexo 2 e 3).Com o auxilio de um gráfico mostraremos a
distribuição da água a doce e a salgada na terra (anexo 4) e mostraremos também
um mapa da escassez da água no mundo (anexo 5). A seguir discutiremos o assunto
enfatizando a escassez, a má distribuição, falaremos do seu uso para a
agricultura, dos conflitos internacionais entre nações pelo acesso aos recursos
hídricos, das doenças infecciosas que a escassez de água e de saneamento básico
adequado provoca, a situação da água no Brasil e por fim a as mudanças no uso
da água no Brasil. Como complemento os educandos assistiram o vídeo do youtube.
‘A escassez da água potável’, com duração de 2:02 min., encontrado
em: http://www.youtube.com/watch?v=F4Zmls71BPk&feature=related e outro
intitulado ‘Água, pense nisso’, com 4:19 minutos, disponível em(http://www.youtube.com/watch?v=OOZGxw0w96A)
e ainda ‘Onde você quer viver’ ,com 2:45 minutos,disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=QhMWw48eR7c&feature=fvwrel
Após
expor e discutir tudo isso pediremos para que os alunos se reúnam em grupos e escrevam
pequenos textos sobre cada um dos pontos acima apresentados. Orientaremos para
que nesses textos estejam presentes suas impressões, opiniões e conhecimentos
sobre o tema. A seguir os grupos irão apresentar oralmente as suas
considerações.
Depois que
todos apresentarem esta atividade,trabalharemos com charges(anexo 6).Cada
aluno(ou em dupla, de acordo com o desenvolvimento do trabalho)ira escolher uma
charge dentre as propostas e fazer um texto reflexivo sobre a mesma(o aluno
terá 30 minutos e deverá entregar o
texto ao professor ).
Para
finalizar assistiremos com os alunos mais um vídeo da internet, intitulado ‘Carta de 2070’ http://www.youtube.com/watch?v=jUpVH-hjcdo&feature=related após assistirem faremos um
fechamento do tema e por fim,os alunos deverão se reunir em grupo de 4 pessoas
e confeccionar um cartaz cada grupo,mostrando por que é importante preservar a
água doce no planeta e como podemos fazer isso;os alunos poderão também
utilizar-se de recortes de revistas para a confecção dos cartazes.Os melhores
trabalhos da turma deverão também ser postados no blog da escola.
9-RECURSOS
Charges,
8 cartolinas, cola, tesoura, canetão e revistas para recorte(para a confecção
dos cartazes) e computador com data show (para expor os vídeos e imagens).
10-REFERÊNCIAS
BONACELLA,
Paulo H. In: MAGOSSI, Luis R. Poluição
das águas. 21ª ed. Editora Moderna, São Paulo, 2003.
BRANCO,
Samuel Murgel. Água. Origem, uso e
preservação. Editora Moderna, São
Paulo, 2003.
DANTAS,
U. Água: Sabendo usar não vai
faltar. Brasil Nuclear. Ano 9, nº 24. jan-mar, São Paulo, 2002.
Texto- ONU diz que acesso à água
potável é direito humano,
Em: 28/07/2010, Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As
charges em anexo encontram-se com os respectivos endereços de busca.
ANEXOS
Anexo 1-Ciclo Hidrológico da Água
Anexo 2
Água
A água é composta por dois elementos
químicos: Hidrogênio e Oxigênio, representados pela formula H2O. Como
substancia, a água pura é incolor, insípida e inodora.
Pode-se admitir que a quantidade
total de água existente na terra nas suas três fases: sólida, liquida e gasosa,
tem se mantido constante desde o aparecimento do homem. Toda a água existente
na terra, que constitui a hidrosfera, distribui-se nos três reservatórios
principais, a água oceânica, a água continental formadas pelos rios, lagos e
água subterrânea e a água atmosférica, na forma de vapor.
A água é o principal constituinte
dos seres vivos. Esse líquido precioso está nas células, nos vasos sanguíneos e
nos tecidos de sustentação. Nossas funções orgânicas necessitam da água para o
seu bom funcionamento. Em media, um homem tem aproximadamente 47 litros de água
em seu corpo. Diariamente, ele deve repor cerca de 2 litros e meio.
Os vegetais utilizam a água como a
principal via de absorção dos sais necessários para o seu desenvolvimento. A
concentração destes sais é bastante baixa na solução do solo. Assim, a maior
parte da água absorvida é emitida para a atmosfera sob a forma de vapor, pela
transpiração.
ÁGUA,
ATÉ QUANDO?
O que a gente vê em todo lugar não é
o que a gente aproveita. Mais de 97% da água do planeta é de mares. Salgada.
Não serve nem para uso industrial. A potável mais pura da natureza está nas
calotas polares e nas geleiras, que armazenam 2% da água do planeta. Muito
longe e muito frio. Lençóis subterrâneos, lagos, rios e a atmosfera guardam o
1% restante. E é só essa que esta a disposição.
No consumo global, 69% das águas
potáveis, 15% do uso domestico e 20% das águas de irrigação são de origem
subterrânea. Mas essas reservas não são eternas; são como jazidas de petróleo,
não são renováveis.
Nos últimos 20 anos, novas 1,8
bilhões de bocas vieram as somar a humanidade e diminuíram em um terço o
suprimento da água do planeta. O pior é que a necessidade de água cresce ainda
mais rápido do que o aumento da população.
Hoje, quando secam as torneiras de
bairros inteiros na cidade grande e a “madame” manda lavar a calçada, ninguém
repara. Mas isso também terá de mudar. Nos próximos 40 anos, 90% do crescimento
populacional vai se concentrar nas cidades. Como a agricultura consome dois
terços de toda a água retida da superfície e do subsolo, uma parte dos recursos
da irrigação devera ser desviada. É provável que a água, então, alcance um
valor de mercado comparado ao do carvão, do petróleo ou da madeira e que o
desperdício venha a ser punido pela legislação.
Economizar, já é imperativo. Em
Israel, onde 70% do esgoto são reciclados para irrigação, foi criada a micro
irrigação: redes de tubos porosos ou perfurados sob o solo, diretamente sob as
raízes dos vegetais, fazendo circular água em gotas.
Nos Estados Unidos, o consumo
industrial já diminuiu 36% desde 1950. Na Alemanha mantém-se estável desde
1975, apesar de um aumento de 44% na produção. No Japão, diminuiu desde 24%
desde 1989.
É preciso, também, encontrar
alternativas para o abastecimento. Há 7500 usinas em operação no Golfo Pérsico,
Califórnia, Espanha, Malta, Austrália e no Caribe, convertendo 4,8 bilhões de
m³ de água salgada em água doce. Mas o processo ainda é muito caro, e se torna
inviável para as nações pobres, que são as que mais sofrem com a escassez.
DECLARAÇÃO
UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA
ARTIGO 1º A água faz parte do patrimônio do
Planeta. Cada continente cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada
cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
ARTIGO 2º A água é a seiva do nosso Planeta.
Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem
ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a
cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do
ser humano.
ARTIGO 3º Os recursos naturais de
transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados.
Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e
parcimônia.
ARTIGO 4º O equilíbrio e o futuro de nosso
Planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Esses devem
permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da
vida sobre a Terra.
ARTIGO 5º A água não é somente uma herança de
nossos predecessores; ela é, sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua
proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do
homem para com as gerações presentes e futuras.
ARTIGO 6º A água não é uma doação gratuita da
natureza; ela tem um valor econômico. Precisa-se saber que ela é, algumas
vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do
mundo.
ARTIGO 7º A água não deve ser desperdiçada,
nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita
com consciência e discernimento, para que não se chegue a uma situação de
esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente
disponíveis.
ARTIGO 8º A utilização da água implica o
respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem
ou grupo social que a utiliza. Essa questão não deve ser ignorada pelo homem
nem pelo estado.
ARTIGO 9º A gestão da água impõe um
equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidade de ordem
econômica, sanitária e social.
ARTIGO 10º O planejamento da gestão da água
deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição
desigual sobre a Terra.
A
ÁGUA NO BRASIL
O Brasil detêm 12% de toda a água
doce da terra, com uma imensa riqueza de bacias hidrográficas e águas
subterrâneas. Temos a maior área úmida continental do mundo; o Pantanal Mato –
Grossense; as mais extensas florestas alagadas - na Amazônia e uma fauna
aquática riquíssima. No subsolo das regiões sul, sudeste e centro-oeste têm
mais de 70% do território do Aqüífero Guarani.
Mesmo com estes dados, convivemos
com a má distribuição regional. No norte, está o maior volume (70%) de nossa
água doce superficial; em seguida vem o centro-oeste, com 15%, sudeste e sul
com cerca de 6% e, por ultimo, a região nordeste com apenas 3%.
A Amazônia de tem a maior bacia
fluvial do mundo. O Brasil tem mesmo muita água, mas, ainda maiores que as
reservas, são as taxas de desperdício, estimadas em 40% só na rede publica. A
ilusão de abundancia esconde a péssima gestão dos recursos hídricos.
O estado de São Paulo é um exemplo:
recebe muitas chuvas, tem rios, e vive em racionamento. Periodicamente, falta
água na capital. A demanda sobe: 290 000 l/s em 1989: 354 000 em 1992 e
provavelmente 888 000 em 2010.
Na região norte, as reservas recebem
agrotóxicos, mercúrio dos garimpos e lixo bruto, sendo que 63% dos 12 000
depósitos de lixo no Brasil estão em rios, lagos, restingas, ou seja, nos
chamados corpos d água.
No nordeste, açudes, barragens e
represas armazenam 80 bilhões de m³ de água sem melhorar a vida de 17 milhões
de nordestinos. Contudo, os 400 mm de chuvas anuais do semi-árido representam
quatro vezes mais do que as chuvas da Califórnia. A desertificação não ameaça
apenas o nordeste. Há focos de desertificação em Montes Claros (MG), São
Fidélis (RJ), Marília (SP) e em 14 municípios do Rio Grande do Sul.
O Brasil é o único país de dimensões
continentais no qual chove o ano inteiro, mas, ao contrario desta expectativa,
as políticas publicas para a captação e aproveitamento de águas pluviais ainda
são incipientes.
AQUÍFERO
GUARANI
A MAIOR RESERVA SUBTERRÂNEA DO
PLANETA.
O Aqüífero Guarani é o maior
manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, localizado na
região centro-leste da América do Sul, ocupando uma área de 1,2 milhões de km²,
estendendo – se pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Desses 1,2 milhões
de km², 840 mil km² são no Brasil, onde o Aqüífero se estende por oito estados:
Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Sua área é maior que França, Portugal e Espanha
juntos.
De acordo com o IBGE, no Brasil, 61%
da população se abastecem com água subterrânea e a exploração do Guarani para
consumo é mais avançada no Paraná, com cerca de 30 poços espalhados pelo
estado. A reserva permanente de água deste aqüífero é da ordem de 45 mil km³ ou
45 trilhões de m³. Grande parte de seu reabastecimento provem da infiltração de
águas no solo, principalmente vindas das chuvas.
Um lençol freático tão superficial
coloca o Aqüífero Guarani em serio risco de contaminação. Segundo informações
da EMBRAPA – Emprese Brasileira de Pesquisa Agropecuária – as áreas de recarga
do Aqüífero, nas quais ele está mais próximo da superfície, estão sob risco.
Estas áreas são as mais sujeitas a receberem água de chuva ou dos rios
carregados de poluentes, com grandes quantidades de agrotóxicos e herbicidas,
resíduos químicos e efluentes (chorume) de lixões.
Mesmo assim, estudos têm revelado
que as águas desse aqüífero ainda estão livres de contaminação. Para tanto,
percebe – se que pelo fato da qualidade da água ser adequada para o consumo
humano, apresentar boa proteção contra os agentes poluidores e também por haver
uma possibilidade de captação nos locais onde ocorrem as demandas, faz com que
o aqüífero Guarani seja o manancial mais econômico social e flexível para o
abastecimento do consumo humano.
Esse aqüífero constitui – se em uma
importante reserva estratégica para o abastecimento da população, para o
desenvolvimento das atividades econômicas e para o lazer. As águas são se boa
qualidade para o abastecimento público e outros usos, fazendo do Aqüífero
Guarani uma alternativa estratégica para o futuro.
VAI
VALER MAIS QUE PETRÓLEO
Consumo excessivo, poluição e
crescimento da população mundial ameaçam esgotar as reservas de água doce do
planeta.
(...) Atualmente, economistas,
empresas e políticos começam a levar em conta outro tipo de líquido para
determinar a prosperidade futura desse ou daquele país: a água. Em tese, ela é
mais abundante do que o petróleo- 70% da superfície do planeta são cobertos por
esse liquido fundamental para a existência da qualquer tipo de vida, o que
equivale a aproximadamente 1,5 bilhão de km³ de água. A complicação é que menos
de 1% desse volume é apropriado para ser bebido ou usado na agricultura (...).
Estima – se que a humanidade use atualmente 50% das reservas de água potável do
planeta. Se o padrão atual de consumo for mantido, serão 75% em 2025. Esse
índice chegaria a 90% se os países em desenvolvimento alcançassem consumo igual
aos dos países industrializados. A escassez de água potável atinge hoje 2
bilhões de pessoas. A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que, se não
forem adotadas medidas para conter o consumo, dentro de 25 anos, 4 bilhões de
pessoas não terão água em quantidade suficiente para as necessidades básicas.
(...) A água é um recurso renovável
pelo ciclo natural da evaporação – chuva é distribuída com fartura na
superfície terrestre. Ocorre que a intervenção humana afetou de forma dramática
o ciclo natural de renovação dos recursos hídricos. Em certas regiões do mundo,
como o oeste dos Estados Unidos, o norte da China e boa parte da Índia, a água
vem sendo consumida em ritmo mais rápido do que se renova. Mais da metade dos
rios está poluído pelos despejos de esgotos, resíduos industriais e
agrotóxicos. Estima – se que 30% das maiores bacias hidrográficas perderam mais
da metade da cobertura vegetal original, o que levou à redução da quantidade de
água. Nove de cada dez litros de água utilizados no Terceiro Mundo são
devolvidos à natureza sem nenhum tipo de tratamento. Por causa disso, o
conceito de água como uma dádiva inesgotável e gratuita da natureza é coisa do
passado.
(...) A Organização para Alimentação
e Agricultura das Nações Unidas (FAO) estima uma perda de 60% da água nos
projetos de irrigação. Isso numa atividade, a agricultura, que consome 70% de
toda a água doce usada em escala mundial. (...) Tornar a água mais cara é uma
das providencias mais urgentes. Uma delas é melhorar a rede de distribuição,
tanto para a agricultura como para a região urbana. Nos países
industrializados, a perde de água é causada por sistemas obsoletos de
distribuição. No Terceiro Mundo, o problema é a falta de esgotos e de água
encanada (...).
PRINCIPAIS
UTILIDADES DA ÁGUA
A água faz parte do nosso cotidiano.
Ela está tão ligada a nós, que a utilizamos para múltiplas finalidades a cada
dia, sem nos darmos conta de sua importância.
ü Para o consumo e para a higiene humana;
ü Para hidratar e saciar a sede;
ü Na irrigação;
ü Na geração de energia elétrica;
ü Na navegação;
ü Na atividade pesqueira;
ü Na indústria e no abastecimento
urbano;
ü No lazer e no turismo.
ÁGUA,
ABUNDÂNCIA E ESCASSEZ
Novos conflitos internacionais,
motivados pela disputa de água, deverão aparecer nas próximas décadas. Crescem
as previsões de que, em regiões como o Oriente Médio e a bacia do Rio Nilo, na
África, a água vá substituir o petróleo como grande causador de discórdia. A
razão é a escassez do precioso líquido transparente nesses lugares.
Dos 2,5 % de água doce da Terra, 0,3
% são acessíveis ao consumo humano. Essa cifra demonstra claramente a diferença
entre água e recursos hídricos, ou seja, água passível de utilização como bem
econômico. A quantidade total de água da Terra, portanto, é suficiente para
abastecer toda a população com folga. Isso porque o ciclo hidrológico mantém um
fluxo constante do volume de água, a uma taxa de 41.000 km³/ano. Desse fluxo,
mais da metade chega aos oceanos antes que possa ser captado e um oitavo atinge
áreas muito distantes para poderem ser usadas. Estima-se que a disponibilidade
efetiva de água esteja entre 9.000 e 14.000 km³/ano. Enquanto isso, a demanda
total de água prevista para o ano 2000 deverá atingir apenas cerca de 4.500
km³/ano. Assim, em termos globais, não existe perigo de escassez.
A desigualdade na distribuição do
manancial, entretanto, faz com que alguns países sejam extremamente pobres em
água, e outros muito ricos. Países desérticos, como o Kuwait, Arábia Saudita e
Líbia, e pequenos países insulares, como Malta, Catar e as Ilhas Bahamas,
possuem menos do que 200 m³ / ano por habitante, enquanto o recomendado pela
ONU é de 1.000 m³/hab/ano. Regiões como o Canadá, a Rússia Asiática, as Guianas
e o Gabão têm mais de 100.000 m³/hab/ano. O Brasil está na categoria servida
com 10.000 a 100.000 m³/hab/ano.
Além disso, o uso de água varia
enormemente de país para país. Os dados
sobre como o uso da água se distribui segundo os gastos domésticos, agrícolas e
industriais são esparsos e incompletos. Pode-se, porém, ter uma idéia da
variabilidade observando-se que na Guiana, por exemplo, 1% do uso de água é
para fins domésticos e 99% para fins agrícolas e industriais; ao passo que, na
Guiné Equatorial, a proporção praticamente se inverte: 81% do gasto hídrico vai
para fins domésticos e apenas 19% para fins agrícolas e industriais. Ambos os
países estão em regiões com mais de 100.000 m³/hab/ano de água doce.
Além disso, esses dados não levam em
consideração causas políticas e culturais que podem alterar drasticamente o
acesso da população à água potável. A poluição, por exemplo, faz com que a água
disponível para o consumo possa existir em quantidade muito menor do que a
totalidade da água doce disponível. Agravado por fatores como o desperdício e a
falta de iniciativa publica para resolver os problemas hídricos, isso deixa
milhões de pessoas sem acesso a água potável ao redor do mundo. Tais fatores
podem causar escassez de água ate mesmo em países com grande abundancia de água
doce, como o Brasil. Estima-se que 74% da população tenham acesso a água
potável, sendo que, na África, essa proporção baixa para apenas 46%, chegando a
extremos como Chade e Mali, com menos de 24%.
Crianças
O número dos que não recebem
serviços de saneamento básico é quase 3 vezes maior, chegando a 2,6 bilhões de
pessoas. A resolução obteve 122 votos a favor, 41 abstenções e nenhum voto
contra. Foi aprovado ainda o pedido do Conselho de Direitos Humanos para que a
relatora independente do órgão, Catarina de Albuquerque, passe a apresentar um
balanço anual sobre o tema à Assembléia Geral. Estudos analisados pela ONU
revelam que pelo menos 1,5 milhão de crianças morrem, anualmente, antes de
completar cinco anos por falta de água potável. O acesso à água limpa e ao
saneamento básico faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, uma
agenda para erradicar ou reduzir males sociais até 2015.
.
Anexo
3 - ALGUNS PONTOS ESSENCIAIS SOBRE A QUESTÃO MUNDIAL DA ÁGUA
a) Escassez – O
crescimento da população mundial, o desenvolvimento econômico não-sustentável
(somado à poluição, ao desperdício e ao mau uso dos recursos hídricos) e a
agricultura irrigada são os principais fatores que ameaçam as fontes de água
doce no planeta. Quase 900 milhões de pessoas não possuem acesso à água limpa
no mundo, segundo a ONU. Até 2050, o problema pode atingir quase a metade da
população mundial. Além disso, coloca em risco os esforços para reduzir a fome
no planeta. Para reverter esse quadro dramático, a ONU estabeleceu a meta de
reduzir pela metade a população mundial sem acesso à água potável até o ano de
2015.
b) Má distribuição – A má distribuição mundial dos recursos hídricos
resulta de causas diversas, que vão desde fatores naturais, como a diversidade
climática do planeta, àqueles de ordem política e social. Devido a questões
naturais, há regiões que recebem menos de 250 mm anuais de chuva, como as áreas
desérticas espalhadas pelos continentes. Por outro lado, em outros pontos do
planeta a precipitação média anual ultrapassa os 2000 mm, como na Amazônia. Em
termos políticos e sociais, há dificuldades de acesso à água potável e ao
saneamento básico ligadas à falta de investimentos públicos e, também, à
pobreza extrema.
c) Agricultura - A
maior parte da água doce disponível para consumo no mundo é utilizada nos
cultivos agrícolas. A tendência é essa utilização aumentar, porque a produção
de alimentos precisará crescer para sustentar o crescimento populacional. Além
de retirar água em quantidade exagerada dos rios, as lavouras com irrigação
podem causar desmatamento e erosão do solo, o que prejudica ainda mais os
mananciais.
d) Conflitos – Cada
vez mais escassa, a água é foco de conflitos internacionais, como ocorre no
Oriente Médio e na África. Um terço de todas as bacias hidrográficas do mundo é
compartilhado com mais de dois países. Nos últimos 50 anos, houve mais de 500
conflitos entre nações pelo acesso aos recursos hídricos.
e) Doenças – A
escassez de água e de saneamento básico leva ao aumento de doenças infecciosas.
f) Água no Brasil – A
distribuição de água no país é muito desigual. O maior volume está concentrado
ao longo dos rios Amazonas e Tocantins, onde a concentração populacional é
pequena. Nas grandes cidades, as chuvas não resolvem a falta de água. Devido à
impermeabilização do solo, elas causam enchentes e não são aproveitadas para o
consumo.
g) Mudanças no uso da água no Brasil – Entre as medidas para reduzir
o desperdício de água em nosso país, cabe destacar: - a cobrança pelo uso da
água – mesmo aquela não tratada e captada diretamente dos rios; - a criação de
formas de reutilizar a água; - a conscientização da sociedade brasileira,
habituada a pensar na água como recurso abundante e inesgotável.
Anexo
4-Distribuição da água na terra.
Anexo 5-mapa da escassez de água no mundo
Anexo 6- Charges utilizadas para
desenvolver atividades